Princípios constitucionais nos concursos públicos: o que você precisa saber

As bancas organizadoras frequentemente cobram os princípios constitucionais nas provas de concursos públicos, especialmente para os cargos jurídicos e administrativos.

Além disso, os princípios constitucionais são fundamentos essenciais para o ordenamento jurídico brasileiro que todo cidadão deveria saber. 

No artigo de hoje, vou te explicar o que são os princípios constitucionais e como você pode estudá-los para a sua prova de concurso. 

Quais são os princípios constitucionais?

Os princípios constitucionais são normas fundamentais que guiam a aplicação e a interpretação das leis brasileiras. Ou seja, servem para orientar a atuação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, na tomada de decisões e na prestação de serviços à sociedade. 

Os princípios têm o principal objetivo de garantir o respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos e assegurar que o Estado atue com justiça e eficiência na execução das normas constitucionais.

Você encontra eles na Constituição Federal de 1988, vou te mostrar no próximo tópico quais são cada um deles. 

5 principais princípios constitucionais cobrados em concursos

Veja agora os principais princípios constitucionais cobrados nos concursos públicos.

1) Princípio da Legalidade

O princípio da legalidade, previsto no artigo 5º, inciso II, da Constituição, estabelece que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 

Ou seja, no âmbito da administração pública, isso significa que os agentes públicos só podem agir e atuar conforme a lei prevê.

2) Princípio da Impessoalidade

O princípio da impessoalidade determina que a administração pública deve atuar de forma objetiva, sem favorecer determinadas pessoas  ou prejudicar indivíduos. 

Ou seja, isso significa que a conduta dos agentes públicos deve sempre estar focada no interesse público, e não interesses pessoais ou particulares.

3) Princípio da Moralidade

O artigo 37 da Constituição determina, no princípio da moralidade, que a administração pública deve pautar seus atos na ética e na honestidade.

Dessa forma, a Administração Pública deve agir de acordo com os padrões de condutas estabelecidos pela Carta Constitucional e também com as expectativas da sociedade.

4) Princípio da Publicidade

O princípio da publicidade é extremamente importante para os candidatos de concurso público, isso porque  o seu principal objetivo é garantir a transparência nos atos da Administração Pública.

Ou seja, o governo deve divulgar suas decisões para a população, incluindo os atos relacionados ao concurso público. A lei prevê exceções para situações relacionadas à segurança nacional.

5) Princípio da Eficiência

O princípio da eficiência, previsto na Constituição pela Emenda Constitucional n.º 19/1998, impõe que a administração pública atue de forma ágil e eficaz.

Ou seja, o principal objetivo desse princípio é impor que a Administração busque os melhores resultados na prestação de serviços públicos.

Como estudar princípios constitucionais para concursos?

Para garantir um bom desempenho nas provas de concursos e entender como funciona a Administração Pública, o candidato pode seguir as seguintes estratégias para estudar sobre os princípios constitucionais:

Compreenda o significado e a função dos princípios

O maior erro dos concurseiros é querer decorar os conceitos. A minha sugestão é, ao invés de decorar, busque entender o que é cada princípio e qual sua função no ordenamento jurídico.

Estude os princípios de forma organizada

Uma dica importante é estudar os princípios de forma organizada. Alguns especialistas explicam que os princípios constitucionais podem ser divididos em várias categorias, como:

  • Princípios Fundamentais: soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana;
  • Princípios da Administração Pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (também conhecidos como princípios LIMPE);
  • Princípios do Direito Constitucional e Processual: contraditório, ampla defesa, devido processo legal.

Utilize mapas mentais e resumos

Uma estratégia utilizada pela maioria dos candidatos de concurso público é a utilização de mapas mentais. Eles facilitam a memorização e permitem visualizar as conexões entre os princípios e seus desdobramentos. 

Leia a constituição e a doutrina

Também é extremamente importante a leitura da Constituição Federal de 1988, principalmente,  os artigos iniciais e aqueles que tratam dos princípios da administração pública. 

Além disso, é essencial estudar por materiais doutrinários de autores renomados na área de Direito Constitucional.

Resolva questões anteriores

Uma das melhores formas de fixar o conteúdo é por meio da resolução de questões de concursos anteriores. 

Como esse é um assunto recorrente nas provas de concurso, o candidato vai entender como são cobrados pelas bancas organizadoras e aprender a identificar padrões nas perguntas.

Assista a aulas e busque explicações práticas

Outra estratégia que pode ajudar é estudar assistindo vídeos explicativos, aulas online e cursos preparatórios. 

Afinal, muitos professores trazem exemplos práticos de aplicação dos princípios, tornando a assimilação do conteúdo mais fácil.

Simule situações para melhor compreensão

Por fim, simule situações para entender melhor cada princípio constitucional. Entender os princípios constitucionais de maneira teórica é importante, mas saber aplicá-los na prática pode fazer a diferença. 

Dessa forma, tente criar hipóteses e imaginar como cada princípio poderia ser utilizado para resolver determinada situação jurídica ou administrativa.

Conclusão

Compreender os princípios constitucionais é essencial para qualquer candidato de concursos públicos. 

Com isso, dominar esse tema não só melhora o desempenho nas provas, mas também prepara para uma atuação mais consciente no serviço público. 

Tem alguma dúvida sobre este assunto? Deixe um comentário!

Principais dúvidas sobre princípios constitucionais em concursos

Agnaldo Bastos
Agnaldo Bastos

Advogado especialista em ajudar candidatos de concursos públicos que sofrem injustiças e, também, servidores públicos perante atos ilegais praticados pela Administração Pública, atuando em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e em Ações de Ato de Improbidade Administrativa.

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