Não importa em qual etapa da vida, criar um plano de estudos eficiente pode ser a diferença entre alcançar sonhos ou fracassar. Certamente estudar é fundamental, porque o conhecimento traz autoridade e autoridade é dinheiro.
Principalmente, no acirrado ambiente de concursos públicos, em que o concurseiro pode ficar anos à espera de uma vaga, um plano de estudos que se encaixe à sua personalidade é superimportante.
Sim, você leu certo. De fato, existem diversas técnicas e modelos de estudos. Contudo, o que todas elas têm em comum é a ideia de que não há uma fórmula exata de resultados.
O processo de aprendizagem e a memorização funciona de modo diferente para cada grupo de pessoas. Portanto, é crucial entender qual o seu processo de absorção de conhecimento ou aprendizagem.
Nesse sentido, também importa conhecer as diferentes metodologias de ensino que existem. E, por incrível que pareça, é estudar sobre a melhor maneira de estudar, porque assim você vai poder selecionar o que melhor se enquadra ao seu perfil.
Então, com o intuito de auxiliar você a criar um plano de estudos infalível, compilamos as principais dicas sobre o assunto. Dessa forma, você vai poder extrair o seu potencial máximo. Vamos lá?
Os fundamentos da andragogia para criar um plano de estudos eficiente
Antes de mais nada, para entender como executar um plano de estudos eficiente, você precisa compreender primeiro as principais teorias sobre a aprendizagem. Nesse sentido, a Andragogia se encaixa como uma metodologia de ensino voltada para a educação de adultos.
Sem dúvida alguma, o processo de aprendizagem do adulto é totalmente diferente do infantil. Isto é, os adultos têm motivações, cognição, comportamentos e experiências diferenciadas das crianças. Assim, criar um plano de estudos eficiente envolve entender as principais etapas da Andragogia. Acompanhe:
Necessidade de aprender
Na Andragogia, o adulto precisa de uma aplicação prática para tudo que aprender. Ou seja, como ele pode ver aquele ensinamento refletido na sua própria vida, seja no ambiente de trabalho ou social.
Então, na hora de criar um plano de estudos eficiente, faça isso. Tenha certeza de criar um período de estudos, normalmente ao final de cada bloco de matérias, com exemplos reais para ilustrar o que se viu. Com efeito, este é um excelente método de absorção.
Criar um plano de estudos eficiente pela capacidade de autogestão
Sem dúvida, o adulto tem responsabilidade e capacidade de vigiar sobre o quê, quando e como precisa estudar. Portanto, autonomia e disciplina também devem fazer parte da equação para criar um plano de estudos eficiente.
Assim sendo, o primeiro passo para um bom plano de estudo é definir as estratégias baseadas no tempo de estudo que você tem. Tanto o tempo em que se iniciam os estudos até o tempo de intervalo durante as sessões. Então, analise os seguintes parâmetros de manejo de tempo:
- Antes de mais nada, o tempo que você tem até a prova. Dessa maneira, você pode dividir a quantidade de matéria e montar a carga horária das sessões com base nesse tempo (cronograma diário, semanal, mensal ou, até, anual);
- Em segundo lugar, quanto tempo você pode dispor por dia e por semana para estudar. Importante que, uma vez estabelecido esse tempo, você não o ocupe com outros afazeres. Certamente, disciplina é um pilar fundamental;
- Logo após, estabeleça períodos de intervalo durante a sessão de estudos. Nesse sentido, existe uma teoria que revela a queda no rendimento de uma pessoa após 1 ou 2 horas de estudo consecutivo. Portanto, tirar um intervalo de 5 ou 10 minutos para beber água ou comer um aperitivo dá mais resultado que seguir direto durante 4 ou 5 horas.
Experiências de vida
Em terceiro lugar, na Andragogia, todas as experiências de vida são utilizadas para o aprendizado. As vivências boas ou ruins, acertos e erros são utilizados na estratégia andragógica de ensino.
Este item é voltado para atração e captação da atenção para os estudos. Principalmente na hora de criar um plano de estudos eficiente, você deve visualizar o seu propósito sendo atingido.
Construa um vision board e coloque toda sua trajetória e expectativas no quadro. Assim, quando você se sentir desanimado, você pode se inspirar para não desistir.
Disposição para aprender
O adulto, com toda certeza, tem mais prontidão para aprender do que a criança, maior foco e capacidade de concentração, assim como o engajamento necessário para delinear e atingir objetivos.
Então, estabeleça antecipadamente os conteúdos a serem estudados, em quais dias e se atenha a eles. Faça um cronograma com a carga horária e as matérias a serem estudadas a cada sessão. Ao final, se acaso você terminar antes do horário previsto, revise a matéria e descanse.
Não estude de supetão, isto é, o que “der na mente” ao se sentar na cadeira. Surpreendentemente, olhar para o seu plano de estudos e saber o que vai estudar prepara a sua mente para o momento.
É semelhante a fertilizar um terreno para receber a semente. Com isso, você se lembra com mais facilidade do que já sabe e absorve o conhecimento novo mais rapidamente.
Orientação para aprendizagem e motivação: como criar um plano de estudos eficiente
Este item se refere ao objetivo da aprendizagem. Isto é, o adulto, normalmente, associa o aprendizado a um propósito de melhoria de vida.
Já a motivação remete ao fato de que o adulto é motivado a estudar por algum propósito específico. E essa motivação endógena facilita o processo de aprendizagem.
Deste modo, esteja continuamente motivado utilizando mecanismos como o próprio vision board que mencionamos acima. Vale muito a pena!
Principais teorias de aprendizagem para criar um plano de estudos eficiente
Em seguida, para criar um plano de estudos eficiente também é fundamental entender como os diferentes perfis de pessoas se adaptam às teorias de aprendizagem.
Conforme explicamos inicialmente, não existe um padrão fixo de aprendizagem, mas teorias que tentam se adaptar aos diferentes perfis de estudantes. Assim, torna- se mais fácil aplicar as metodologias existentes, como a Andragogia. Vejamos:
Teoria VARK: Visual, Auditivo, Leitura/Escrita e Cinestésico
Em resumo, essa teoria divide os estudantes em quatro tipos principais. Por conseguinte, divide-se em quatro perfis principais de aprendizagem.
Então, identificar o seu perfil pode facilitar e muito na hora de criar um plano de estudos eficiente e direcioná-lo aos seus interesses.
- Visual: o “v” da teoria Vark se refere aos perfis de estudantes que respondem a estímulos visuais. Por exemplo, gráficos, tabelas, mapas mentais, listas, videoaulas e, até mesmo, cores diferenciadas. Portanto, na hora de montar o seu plano de estudos, pense em sessões com esses auxílios visuais. Você vai ver como seu rendimento será elevado!
- Auditivo: outro grupo de pessoas já responderam muito bem à aprendizagem por meio de estímulos auditivos. Então, gravar aulas e reproduzir depois, sozinho, pode surtir um grande efeito. Sem contar que você pode ir e voltar a gravação, conforme precisar. Além disso, a própria troca positiva de ideias entre colegas, em grupos de estudos, para os responsivos ao estímulo auditivo, pode surtir muito efeito.
- Leitura e escrita: esta modalidade de estímulo define a literatura como a principal fonte de conhecimento. De fato, são aqueles estudantes que só absorvem o conhecimento se lerem, relerem, marcarem passagens importantes no texto, fazerem rascunhos, fazerem provas anteriores, etc. Então, para esses, o processo é um pouco mais lento, metódico e requer sessões um pouco mais longas.
- Cinestésico: por fim, o perfil cinestésico é aquele que responde a estímulos externos. Por exemplo, atividades práticas, simulações e métodos alternativos e lúdicos de aprendizagem. Então, pessoas cinestésicas aprendem com piadas, com movimento, cantigas, filmes, músicas, arte.
Conclusão de como criar um plano de estudos eficiente
Evidentemente, existem as pessoas multimodais, ou seja, que respondem a mais de um estímulo de aprendizagem. Assim, para essas, recomendamos criar um plano de estudo que misture as suas principais formas de absorver conhecimento.
Então, montar sessões com um estímulo por vez ou misturar os estímulos em uma mesma sessão vai depender do tempo, do conteúdo e do seu nível prévio de conhecimento sobre a matéria.
Em suma, não há uma fórmula única para criar um plano de estudos eficiente. Acima de tudo, para você delinear as melhores estratégias para ficar em primeiro lugar nas provas precisa conhecer o seu próprio processo de aprendizagem.
Portanto, a quais estímulos você responde positivamente? Você tem as características de um estudante sob a metodologia andragógica? Quais são seus principais objetivos de estudo: concurso, faculdade, promoção no trabalho? Quanto tempo você pode dispor para estudar e quais conteúdos há para estudar?
Decerto que a resposta a essas perguntas já é iniciar um plano de estudos eficiente. Logo após responder tais perguntas, você pode começar a montar o seu cronograma, com o objetivo certo e delineado. Além de estruturar antecipadamente cada sessão com o conteúdo a ser visto e o tempo disponível para cada um.
E, o mais importante: incluir os estímulos certos da sua personalidade que favorecem o seu processo de aprendizagem. A partir daí, é só manter a disciplina, não perder o foco da linha de chegada e, ao final, correr para o abraço.
E aí, curtiu o artigo? Continue acompanhando nosso blog para mais dicas valiosas sobre como estudar com excelência e alcançar todos os seus objetivos. Até a próxima!