Ritalina é o nome comercial do cloridrato de metilfenidato. O remédio é popularmente indicado para melhoria na concentração e atenção. Portanto, venho falar hoje sobre os supostos efeitos da ritalina nos estudos para concursos.
Por vezes, o uso dessa medicação é indicado aos estudantes com promessas de melhores rendimentos intelectuais. Então, no caso de concursos, essa indicação é ainda maior, principalmente durante a preparação para a prova.
Assim, devido à fama de ser uma pílula da inteligência, a droga é muito procurada. Inclusive potencializa a esperança de obter bons resultados. Se esse é o seu caso, entenda mais sobre o fármaco.
No entanto, obviamente você verá que ele não é vendido com essa finalidade. Tampouco tem comprovação e indicação médica referente a esse efeito de “pílula da inteligência”. E vou esclarecer seu real efeito a seguir.
Objetivo da ritalina
A ritalina é o nome comercial do cloridrato de metilfenidato. É um fármaco indicado para o tratamento de pessoas que apresentam quadros de transtornos como déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou transtorno hipercinético.
Tal transtorno é comum em crianças e adolescentes, e ocorre em 3 a 5% das crianças. Ele faz com que a criança tenha dificuldade de ficar parada e em se concentrar em algo. Além disso, dificulta a fase de aprendizado.
A ritalina também é indicada para o tratamento de narcolepsia, que é um distúrbio do sono em que a pessoa tem ataques de sonolência durante o dia, mesmo quando dorme bem durante a noite.
Dessa forma, o cloridrato de metilfenidato é um estimulante do sistema nervoso central. Ele age melhorando as atividades de algumas partes do cérebro que são pouco ativas.
Esse princípio ativo potencializa a ação dos neurotransmissores como noradrenalina e dopamina. Então, por consequência, reduz o déficit de atenção. Como resultado, a pessoa com dificuldades fica mais atenta e concentrada.
Contudo, como qualquer outra medicação, o consumo desse fármaco requer orientação médica. Além disso, para você comprar é necessária prescrição médica, pois é medicação de uso controlado.
Ritalina nos estudos para concurso
Bem se sabe que vestibulares e concursos exigem muita dedicação e persistência. Inclusive, o resultado de ambos pode mudar toda a sua vida. Principalmente os concursos, que podem garantir sua fonte de renda.
Esse é o motivo de tanta pressão e ansiedade em torno da preparação para as provas. Afinal, conforme se aproxima a data, a necessidade de se superar e se destacar vai aumentando.
Contudo, o fato de trabalhar diminui o tempo disponível para se preparar. Assim, é preciso se esforçar mais durante as poucas horas do dia que restam para estudar. Então, surgem indicações de associar a ritalina aos estudos.
A maioria das pessoas intensifica o uso deste psicoestimulante na intenção de reforçar a concentração e resistência para cumprir duradouras horas de estudos por dia, no intuito de absorver mais conteúdo.
Porém, a venda do fármaco exige prescrição médica. Afinal, todos os medicamentos à base de metilfenidato têm tarja preta e são de uso controlado. Portanto, necessitam de acompanhamento e receita médica.
Em contrapartida, mesmo a ritalina necessitando de receita médica, hoje em dia há um forte mercado clandestino da droga, que mercado se mantém como uma das mais vendidas em todo o mundo.
Porém, a venda acontece por meio de práticas ilegais. Através de falsa documentação ou roubo de carga. Então, saiba que para adquirir a tal “pílula da inteligência” não é só ir à farmácia e pedir.
Por fim, entenda que a ritalina até pode, sim, auxiliar na concentração. Porém, não foi criada para essa finalidade. Não é indicado usar sem orientação médica. Afinal, seu uso tem vários efeitos colaterais.
Efeitos adversos da ritalina nos estudos
Como você viu, a ritalina não é uma medicação destinada a estudantes saudáveis. Ela é indicada para o tratamento de pessoas que apresentam quadros de transtornos como déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou transtorno hipercinético.
Portanto, é necessária muita prudência em relação ao consumo dessa droga. Seu uso indevido gera inúmeras consequências, e o principal e mais grave efeito adverso é a dependência.
A ritalina causa aumento brutal de dopamina no organismo. Assim que o nível da substância diminui, o que você mais quer é outra dose. Dessa forma, provoca dependência, te forçando a utilizar constantemente.
Além disso, te força a ingerir uma dose cada vez maior, enquanto o seu corpo já não corresponde como antes a doses iniciais, causando grande dano à sua saúde a longo prazo.
Porém, há outros efeitos colaterais também decorrentes do uso indevido da ritalina para estudar, sem controle ou indicação médica. Alguns exemplos são: depressão, redução das habilidades ao invés de intensificação, perda de libido, taquicardia, insônia, distúrbios alimentares, náuseas, entre outros.
Seu uso incorreto pode, inclusive, te deixar desorientado no tempo e no espaço. Por fim, vale lembrar que no caso de adquirir ilegalmente, você corre o risco de adquirir uma medicação falsificada. Assim, os danos podem ser ainda piores.
Vale a pena o risco?
Com certeza entendo a sua motivação ao buscar o uso de ritalina para render nos estudos. Porém, será que vale a pena o risco?
Ressalto que a indicação médica é incontestável. Os riscos e contraindicações são relacionados ao uso indevido ou ilegal da medicação. Ou seja, quando não há um transtorno real ou orientação médica.
Afinal, além das consequências negativas mencionadas, há estudos que desmentem a tal pílula da inteligência.
Por exemplo, um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) afirma que a droga não melhora as funções cognitivas ou a memória de quem não tem TDAH.
Portanto, o uso exclusivo de ritalina nos estudos para concursos é inviável. O benefício da medicação é constatado somente em casos definidos e que requerem orientação e acompanhamento médico.
Dessa forma, se você não sofre de transtornos como déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou transtorno hipercinético, adote medidas saudáveis para obter resultados melhores durante a preparação para provas.
Então, mesmo que o medicamento ajude parcialmente no aumento da concentração, não é ele que vai “salvar” definitivamente os seus planos. Não há fórmula mágica.
Enfim, há muitas alternativas que não prejudicam sua saúde, não são ilegais e funcionam, como organização e disciplina, que podem gerar resultados bem mais efetivos.