É fundamental entender a diferença entre os cargos de técnico e analista para escolher a melhor carreira para você.
Além disso, é preciso ter bastante dedicação, pois almejar uma carreira no serviço público é o sonho de muitos concurseiros, especialmente para aqueles que buscam estabilidade financeira.
Portanto, se você está em dúvida sobre qual dessas carreiras se alinha melhor aos seus objetivos, este artigo é para você.
Agora, você vai entender as diferenças entre as funções, a formação necessária, a rotina de trabalho, a remuneração e muito mais.
Diferença entre técnico e analista no serviço público
O cargo de técnico, geralmente, exige apenas o nível médio, sendo considerada uma carreira de entrada no serviço público.
Por outro lado, a carreira de analista requer formação superior e, em alguns casos, graduação específica em áreas como Direito, Administração, Engenharia ou Economia.
Portanto, é considerável a diferença entre as carreiras de técnico e analista no serviço público, tanto em termos de requisitos quanto nas funções desempenhadas.
Isso porque as tarefas do técnico são mais operacionais e de apoio, como a execução de atividades administrativas, atendimento ao público e suporte aos analistas, membros e gestores.
Enquanto os analistas, geralmente, desempenham funções mais complexas e estratégicas, incluindo análise de processos, elaboração de pareceres e supervisão técnica.
Assim, enquanto os técnicos executam e apoiam, os analistas planejam, gerenciam e assessoram.
Formação exigida para as carreiras de técnico e analista
A formação exigida para os cargos de técnico e analista no serviço público varia conforme a área de atuação, o órgão público e a lei sobre o cargo.
Para o cargo de técnico, por exemplo, o requisito básico é o ensino médio completo.
Contudo, candidatos com formação superior e especializações podem ter vantagens na classificação final dos concursos, além de adicionais na remuneração.
Já para o cargo de analista, é bastante comum que a formação exigida seja o nível superior.
Dependendo da especialidade, pode ser necessária uma graduação específica, como é o caso de analistas judiciários, pois, por atuarem na área jurídica, devem ter diploma em Direito.
Além disso, algumas funções, como a de Oficial de Justiça Avaliador Federal ou Procurador da União, podem exigir o registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e comprovação de prática jurídica.
O que faz um técnico e um analista?
As atividades e a rotina de técnicos e analistas na administração pública variam conforme o órgão e a área de atuação.
Os técnicos costumam desempenhar tarefas administrativas de apoio, enquanto os analistas podem realizar atividades que demandam maior conhecimento técnico.
Veja alguns exemplos a seguir.
O Analista Judiciário na área administrativa é responsável por diversas atividades, incluindo a gestão de recursos humanos, patrimônio, licitações e contratos, além do planejamento e organização de arquivos.
Essa função também pode incluir o atendimento ao público e a execução de outras tarefas administrativas que exigem uma visão ampla da gestão pública.
Já o Analista Judiciário da área jurídica desempenha funções mais específicas, como o assessoramento em processos judiciais, supervisão técnica, elaboração de laudos e pareceres.
Esses profissionais são fundamentais para o funcionamento do sistema de Justiça, atuando diretamente com magistrados e outros operadores do direito.
O Oficial de Justiça, que é uma especialidade dentro do cargo de analista, tem uma rotina mais externa, realizando atividades como a execução de mandados, prisões, penhoras e outras diligências determinadas pelo Poder Judiciário.
Para esse cargo, é imprescindível a formação em Direito, porque esse conhecimento técnico é bastante exigido no desempenho das funções.
Por sua vez, a rotina do Técnico é mais voltada para o suporte administrativo, auxiliando em demandas judiciais e administrativas, prestando suporte técnico e realizando o atendimento ao público.
Embora as funções sejam menos complexas, a atuação do técnico é fundamental para o bom funcionamento do Poder Público.
Remuneração de técnicos e analistas em cargos públicos
A remuneração nas carreiras de técnico e analista varia conforme a complexidade das funções, o nível de exigência acadêmica e a lei sobre o cargo.
Atualmente, a remuneração bruta inicial para analista pode chegar até R$ 12.000,00, dependendo da região de atuação e do órgão público.
O salário bruto do analista pode aumentar até 12,5% se ele possuir doutorado, 10% se possuir mestrado e 7,5% se tiver pós-graduação.
Além disso, com dedicação, boa vontade e trabalho bem-feito, seu salário pode aumentar com as funções comissionadas.
Por outro lado, a remuneração bruta do técnico pode chegar a R$ 7.000,00, podendo aumentar conforme suas capacitações e especializações acadêmicas.
Nesse caso, as titulações acadêmicas também podem ser consideradas para ter aumento no salário: no percentual de 12% se tiver feito doutorado, 10% se tiver feito mestrado, 7,5% se tiver pós-graduação e 5% se tiver curso superior completo.
Para ambos os cargos, além do salário base, pode haver o pagamento de valores adicionais de gratificação, auxílio-alimentação e outros benefícios.
Além disso, os analistas e técnicos podem receber um adicional no percentual de 1% caso possua cursos de capacitação que totalize no mínimo 120 horas. Esse adicional está limitado ao percentual de 3%.
Os Analistas Jurídicos, na especialidade de Oficial de Justiça Avaliador Federal, podem receber uma Gratificação de Atividade Externa (GAE), correspondente a 35% do seu vencimento básico.
Portanto, em geral, quem ganha mais é o analista, justamente pela formação exigida, pela maior dificuldade no concurso e pelas atividades desempenhadas.
Lotação de técnicos e analistas em cargos públicos
A lotação ou local de atuação dos técnicos e analistas em cargos públicos é bastante diversificada, podendo atuar em várias esferas, órgãos e entes públicos.
Na área jurídica, por exemplo, os técnicos e analistas podem ser lotados em tribunais, como:
- Tribunais Regionais Federais (TRFs);
- Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs);
- Tribunais Regionais Eleitorais (TREs); e
- Tribunais de Justiça (TJs).
Além disso, esses profissionais também têm oportunidades no Ministério Público, tanto na União (MPU) quanto nos estados (MPEs).
Outro setor de atuação para técnicos e analistas é a Defensoria Pública, incluindo a Defensoria Pública da União e as Defensorias Públicas Estaduais (DPEs).
Carga horária do técnico e analista na administração pública
A carga horária para os cargos de técnico e analista na administração pública, em regra, é de 40 horas semanais.
No entanto, pode existir certa flexibilidade quanto ao horário de entrada e saída, pois muitos órgãos públicos adotam regras que permitem o remanejamento de horários ou, ainda, a implementação do trabalho remoto (home office).
Além disso, existem funções específicas que não seguem uma carga horária fixa, como o Oficial de Justiça.
Isso porque esse profissional é responsável por cumprir uma cota de mandados, então tem maior autonomia para organizar seu tempo de trabalho, sem a necessidade de cumprir um horário rígido.
Conclusão
Agora, entendemos que existe muita diferença entre as carreiras de analista e técnico, principalmente em relação ao salário, à formação exigida e às atividades desempenhadas em cada cargo.
A aprovação em um concurso público é muito desejada por milhares de concurseiros. E a atuação do analista e técnico é muito importante para a sociedade.
Agora que você já sabe os requisitos, benefícios e atribuições de cada um desses cargos, está preparado para escolher a carreira que mais se alinha aos seus objetivos.
Lembre-se de que, apesar da diversidade de vagas, é preciso foco e dedicação nos estudos, pois a concorrência é acirrada.
O caminho pode ser longo e cheio de sacrifícios, mas valerá a pena. Não desista do seu sonho!