Prova discursiva Concurso ICMBIO: o recurso não foi aceito, posso ingressar com uma ação judicial?

O resultado final da prova discursiva do Concurso ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação à Biodiversidade) foi divulgado nesta quinta-feira, dia 22 de maio. 

Isso significa que a fase de recurso administrativo está encerrada, portanto, não sendo mais uma opção viável ao candidato. Os candidatos que enviaram o recurso anteriormente, deverão aguardar o posicionamento da banca Cebraspe quanto ao deferimento ou indeferimento, com divulgação prevista para o dia 29 de maio. 

Além disso, a banca também divulgou a convocação para a avaliação biopsicossocial e a convocação para o procedimento de heteroidentificação.

Neste artigo, vou te explicar as possibilidades para ingressar com uma ação pela via judicial, com o objetivo de questionar o resultado final da prova discursiva do Concurso ICMBio.

Como funciona a prova discursiva do Concurso ICMBIO?

A banca aplicou a prova discursiva do Concurso ICMBIO para avaliar a capacidade de organização de ideias, expressão escrita e conhecimento sobre temas específicos da área do cargo.

A prova discursiva teve o valor máximo de 30 pontos e exigiu a elaboração de um texto dissertativo com no máximo 30 linhas. De acordo com as regras do edital, os critérios de correção incluíram coerência, coesão, ortografia, gramática, argumentação e pertinência ao tema proposto.

Os espelhos de correção foram divulgados pela banca organizadora Cebraspe. Dessa forma, o candidato pôde verificar como a banca avaliou sua redação.

No prazo estipulado, alguns candidatos entraram com recurso administrativo, questionando a correção da sua prova. No entanto, nem todos os recursos foram aceitos, por isso, o candidato, que ainda se sinta prejudicado, pode entrar com uma ação na via judicial

O que fazer se o recurso administrativo foi indeferido?

Caso  o recurso administrativo contra a prova discursiva do Concurso ICMBIO seja indeferido e o candidato continue discordando da nota atribuída, é possível avaliar a viabilidade de entrar com uma ação judicial. 

Embora a Administração tenha autonomia nos concursos públicos, a Justiça pode intervir em algumas situações, como, por exemplo, em casos que houver indícios de ilegalidade, falta de fundamentação ou violação ao direito à ampla defesa.

Passo a passo para ingressar com uma ação judicial em face da prova discursiva do Concurso ICMBIO

Para ingressar judicialmente com uma ação em face da prova prova discursiva, o candidato deve seguir o seguinte passo a passo:

  1. Analisar o espelho de correção e verificar se os critérios foram aplicados corretamente;
  2. Revisar o recurso administrativo e avaliar se os argumentos apresentados foram ignorados ou mal interpretados;
  3. Consultar um advogado especializado em concurso público para saber se existem elementos que justifiquem a ação judicial;
  4. Com a ajuda do advogado, elaborar uma petição inicial. Nela devem constar as provas documentais, a ilegalidade apontada e o pedido de reavaliação.
  5. Por fim, entrar com um pedido de liminar para que a Justiça determine a correção enquanto o processo segue.

Quando vale a pena recorrer à justiça?

Vale a pena recorrer à justiça quando houver uma ilegalidade evidente. Ou seja, o candidato nem sempre deve entrar com ação judicial; por isso, um advogado especializado em concurso público precisa analisar o caso detalhadamente.

Geralmente, o mais indicado para recorrer à via judicial no caso de provas discursivas é quando:

  • Não houver atribuição de pontuação para conteúdos presentes na resposta;
  • A banca desconsidera os critérios objetivos da forma de avaliação;
  • Ocorreu uma correção automatizada sem análise individual;
  • Há um erro evidente na interpretação textual.

Além disso, nesses casos, a ação judicial pode resultar em reavaliação da prova, nova correção ou até mesmo reintegração ao concurso.

Conclusão

 A banca divulgou recentemente o resultado final da prova discursiva do Concurso ICMBIO; por isso, os candidatos devem verificar com cautela sua nota e aguardar o retorno sobre os recursos deferidos ou indeferidos.

Caso o recurso administrativo não seja aceito e haja sinais de erro na correção, o candidato pode optar pela via  Judicial, desde que disponha de fundamentos concretos. Além disso, é importante frisar que a atuação judicial não é garantidora de sucesso, mas pode corrigir injustiças cometidas durante o certame. 

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Perguntas frequentes sobre prova discursiva do Concurso ICMBIO

Agnaldo Bastos
Agnaldo Bastos

Advogado especialista em ajudar candidatos de concursos públicos que sofrem injustiças e, também, servidores públicos perante atos ilegais praticados pela Administração Pública, atuando em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e em Ações de Ato de Improbidade Administrativa.

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